quinta-feira, 15 de maio de 2014

CASCATA DO GARAPIÁ - MAQUINÉ / RS.

Descobri Maquiné através de uma reportagem na televisão que incentivava o ecoturismo na região e dava como opção para fuga das lotadas praias do litoral norte do Rio Grande do Sul. Local realmente recomendado para quem procura um pouco de paz, sossego e aventura.
Sem saber muita coisa sobre a região, vinhamos perguntando quando retornávamos de Santa Catarina, foi quando chegamos na Pousada Espraiado (antiga BR 101, Km 68), a qual nos deram algumas informações e um mapinha de bolso que nos mostrava algumas opções de lugares e aventuras na região, decidimos então ficar hospedados para na manhã seguinte resolver o destino a ser explorado. Entre outras opções escolhemos a Cascata do Garapiá, que fica distante do centro de Maquiné aproximadamente 25 quilômetros, destes, 13 quilômetros são pela RS 484 até o distrito de Barra do Ouro, a estrada é de terra, mas é boa, plana e sem buracos (pelo menos na ocasião).

A estrada é de terra (RS 484).

Maquiné está dentro da Mata Atlântica com suas cascatas, trilhas e rios com águas cristalinas. Tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico Cultural, Maquiné cumpre o papel de corredor ecológico entre as áreas de preservação da zona litorânea e da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e também abriga a reserva biológica da Serra Geral.

Ponte Pencil sobre o Rio Maquiné.


Rio Maquiné e seus afluentes pedregosos.


Ponte Pencil em Barra do Ouro. São várias na região.

Após o distrito de Barra do Ouro, mais adiante seguindo pelo mapa de bolso, pegamos uma estrada a direita chamada "Linha Pedra de Amolar", até a Cascata do Garapiá são mais 12 quilômetros. Agora a estrada é mais pedregosa e mais fechada também, a Mata Atlântica é densa e em aluns lugares parece passar somente um carro, o correto é andar bem devagar para não ser surpreendido por outro em direção contrária. As marcações e placas que sinalizam a cascata são bem raras, mas existem, a "dúvida" de estar no caminho certo é companheira inseparável durante essa parte do percurso, a dica é ir perguntando mesmo, porém a densidade demográfica algumas vezes parece ser mínima nessa região.

A estrada agora é mais pedregosa e estreita e as placas indicando a cascata são raras.

Após passar a placa azul e uma passagem de concreto dentro do rio, chegamos ao limite onde os veículos alcançam, logo após a estrada se corta e buracos impedem a passagem.  

Passagem de concreto próximo ao limite da estrada.


Mais duzentos metros e chega-se a entrada da mata e já estamos na região da cascata.

O barulho da queda é inconfundível, o ar fica mais frio devido a umidade da mata. O local é isolado o paraíso escondido fica dentro da Mata Atlântica. É proibido acampar no local para evitar o impacto ambiental, mas há varias opções de Camping privados na região, também pousadas e o balneário municipal. 

A água é cristalina em seu leito pedregoso, porém fria.


Cascata do Garapiá - Maquiné - RS / BR.


Cascata do Garapiá.


A profundidade na água próximo a queda é de aproximadamente 3 metros.


A cascata tem em torno de 12 metros.


Na Cascata do Garapiá em Maquiné - RS.

Na região há outras opções de lazer e aventuras como: A Cascata da Forqueta, Cascata da Solidão, Cascata da Água Branca, Cascata da Boa Vista, Cascata do Escangalhado, Cânion da Serrinha, etc...
No município de Riozinho e em São Francisco de Paula que ficam próximos a Maquiné também existem várias cachoeiras e cascatas. 
Bom! Era isso! Com tantas opções, porém sem mais tempo para explorar esses lugares citados acima, ficamos somente com a Cascata do Garapiá que nos mostrou mais uma vez que quanto mais difícil é encontrar, mais belo e preservado é o lugar.




CASCATA DO GARAPIÁ - PARAÍSO ESCONDIDO DENTRO DA MATA ATLÂNTICA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



TEXTO: Valfredo Neves.



FOTOS: Valfredo Neves.



Centro de informações Ecoturísticas e Ambientais em Maquiné: Av. Gal. Osório, 538 - Centro.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PARQUE ESTADUAL DO TURVO - RS / BR.

Estivemos em Derrubadas neste abril/2014, exclusivamente para visitar o Salto do Yucumã, a maior queda d'água longitudinal do mundo com cerca 1800 m de extensão, porém não tivemos sucesso, pois o Rio Uruguai estava muito cheio devido as constantes chuvas do mês de março e abril e o salto que a mais de 30 dias não aparecia (pois só é possível visualizá-lo quando o rio está baixo) permanecia submerso ocultando sua beleza sob as águas do rio Uruguai. Desta forma reforçando que é melhor consultar como está o nível do rio antes de se deslocar ao parque, se a intensão for visitar o salto. 

Derrubadas - Porta de entrada ao Parque Estadual do Turvo e ao Salto do Yucumã.

A nossa visita que o foco era o salto foi transferida ao parque. 
O Parque Estadual do Turvo foi o primeiro Parque instituído no Estado, em 1947 e tem uma área atual de 17.491,40 hectares. Localizá-se no município de Derrubadas (noroeste do Rio Grande do Sul), na divisa com o Estado de Santa Catarina e com a Argentina. É uma Unidade de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul.
O parque está aberto a visitação de quarta a domingo das 08:30 às 17:30, sendo que a entrada é permitida somente até as 15:00 e os portões do parque são fechados as 18:00.

Entrada do Parque Estadual do Turvo - Derrubadas - RS / BR.

O parque está inserido no contexto do bioma da Mata Atlântica e abriga um dos maiores fragmentos da Floresta do Alto Uruguai (Floresta Estacional Decidual) do RS. São encontradas árvores com até 30 metros de altura, destacando-se o cedro (cedrela Fissilis), a grápia (Apuleia leiocarpa), a canjerana (cabralea Canjerana) e o louro (cordia trichotoma).

Centro de visitantes Biólogo Carlos Porto da Silva - Parque Estadual do Turvo.

Na fauna, muitas espécies ameaçadas de extinção têm abrigo no parque, como a onça pintada (Panthera onca), o puma (Puma concolor), o cateto (Pecari tajacu), a anta (Tapyrus terrestris), o pica-pau-rei (Campephilus robustus), a jacutinga (Pipile jacutinga) e o uru (Odontophorus capueira).
Entre as aves,ainda destacam-se o araçari-banana (Baillonius bailloni), o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) e o tucano-do-bico-verde (Ramphastos dicolorus).
O coelho nativo do do Rio Grande do Sul - O tapiti (Sylvilagus brasiliensis) pode ser encontrado na área.
Também existem várias espécies de peixes, répteis, anfíbios, borboletas, insetos e fungos. 

No centro de visitantes há um museu com várias espécies empalhadas bem como informações sobre plantas, aves e sobre a história do parque.

Museu no centro de visitantes.

O parque tem como principais objetivos:
- Conservar os ambientes naturais e a biodiversidade.
- Educação ambiental.
- Pesquisa científica.
- Turismo ecológico.

O Parque Estadual do Turvo representa hoje um dos últimos refúgios, no Estado para espécies de grandes mamíferos como onças-pintadas(Panthera onça) e antas(Tapirus terrestris).

Para acesso ao parque é cobrado um valor por veículo (e não por pessoa) e por sua respectiva classificação, carro de passeio, utilitários ou ônibus e caminhão, independente da quantidade de passageiros.
O Plano de manejo prevê um limite de visitantes diários.
O parque tem uma área de lazer próximo a região do salto, que conta com uma infraestrutura como churrasqueiras, mesas, banheiros e um amplo estacionamento.

Até a área de lazer percorremos uma estrada de terra, mas em bom estado de conservação, tivemos a sorte de no caminho avistar um graxaim que transitava pela estrada e logo após entrou na mata fechada. 

Inicio da estrada que leva ao interior do parque.

Nesse caminho faça silêncio para ouvir os sons da natureza e para não perturbar os animais.

Banhado no Parque do Turvo - Está próximo a estrada e é possível observar algumas espécies de aves e com sorte algum mamífero nessa área.

Ao chegar na área de lazer encontrei um guarda-parque que me contou algumas histórias e me deu algumas explicações sobre o local, me mostrou a trilha secundária e quando perguntei se ele teria visto uma onça alguma vez na região a resposta foi: "várias vezes". O salto a tempos não se via, o rio baixava lentamente, mas sem previsão exata de quando apareceria, o mais certo é durante o verão mesmo.

Área de lazer do parque.


Amplo estacionamento na área  de lazer.


Infraestrutura na área de lazer.


Inicio da trilha que leva ao salto, desse ponto em diante é proibido a passagem de veículos automotores.


Trilha que leva ao Salto do Yucumã.


Rio Uruguai encobrindo a região do salto.

Pensando em sua segurança e na conservação do parque, quando em visita ao Parque Estadual do Turvo siga as normas abaixo:
- É recomendável usar tênis, boné ou chapéu.
- Os animais e as plantas são patrimônios protegidos. Não lhe cause danos.
- Dirija com cuidado e em baixa velocidade. Evite parar na estrada.
- Leve tudo que for consumir durante o passeio, principalmente água.
- Na área de lazer estacione nos locais permitidos.
- Faça fogo somente nas churrasqueiras e não utilize lenha do parque.
- De preferência, retorne todo lixo que produzir.
- Quando for ver o salto, traga de volta o lixo que produzir.
- Se for percorrer alguma trilha aberta ao público, ande somente na trilha e use calçado fechado.
- Como o portão do parque fecha as 18:00hs, o visitante pode ficar na área de lazer até às 17:30hs.

NÃO É PERMITIDO:
- Consumir bebidas alcoólicas.
- Tomar banho de rio.
- Coletar qualquer tipo de vegetação, pedras ou outros materiais.
- Escrever nas construções e árvores.
- Jogar bola.
- Som alto.
- Entrada de animais domésticos.

A trilha secundária parte da região das churrasqueiras...


... Mas não foi dessa vez. O rio Uruguai mostra sua força e que nem sempre está disposto a mostrar suas belezas. 




PARQUE ESTADUAL DO TURVO - UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ESTADUAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




TEXTO: Valfredo Neves.
Em laranja fonte: fôlder cedido no centro de visitantes.
Em amarelo fonte: Normas de uso público cedido na portaria do parque.


FOTOS: Valfredo Neves.




VEJA TUDO SOBRE O PARQUE ESTADUAL DO TURVO (história, legislação, espécies, etc) EM:




VEJA MAIS SOBRE O SALTO DO YUCUMÃ E DICAS DO PARQUE EM: